quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

A lenda da Serpente

Por sobre incontáveis histórias contadas de tempos em tempos, de bisavós para avós e de pais para filhos e de filhos para seus filhos e esses filhos ainda vão contar para seus futuros filhos, aqui em São Luís ESTAMOS repletos, recheados ou melhor dizendo no melhor linguajar ludovicense, um COFO cheio destas lendas que habitam o imaginário do maranhense e de todos os turistas que vem nos visitar ! ... uma das mais famosas destas lendas é sem dúvida a da serpente gigante que não se sabe ao certo como ela foi parar nas galerias subterrâneas, sabe-se apenas que ela nasceu  lá dentro e se encontra em um sono de mais de 400 anos dentro daqueles túneis subterrâneos de nossa cidade.



E para  aqueles céticos que duvidam e muito , convido para por esta coragem a prova visitando os túneis subterrâneas da cidade que ocupa quase toda a área abaixo do centro histórico da cidade que aliás não é pouca pernada não ! ... é um lugar onde a escuridão é sempre presente tendo vez ou outra iluminadas por pequenas tochas que ainda estão por lá, e quando você resolver visitar a Fonte do Ribeirão que é uma construção de uns quatro séculos de existência MUITO CUIDADO, pois é lá que ela costuma se esgueirar sempre a observar com seus olhos sonolentos porém sempre alerta  para aqueles que ousam adentrar em seus domínios tendo sempre o cuidado de não deixar estas almas corajosas e curiosas a nunca mais voltar para a superfície, é de botar medo em qualquer machão ! 

         
Dizem as más línguas que o bicho é tão grande que a barriga do animal esta bem na altura da igreja do Carmo, a calda ou o rabo como os mais simples aqui falam esta quase ou já alcançou a igreja de São Pantaleão, e a cabeça se encontra na Fonte do Ribeirão. A lenda conta que esta serpente cresce mais e mais a cada dia, e quando chegar o momento dela despertar 100% de seu sono seu enorme corpo irá sair das profundezas dos subterrâneos do Centro histórico causando destruição em toda vida  existente na ilha, a quem diga que quando chegar este momento a grande serpente irá circundar  toda a cidade, levando a mesma para o fundo do mar por conta da formação de um imenso maremoto. 
A fama desta lenda é tão grande que não tem um só maranhense independente que seja ou não da capital que não a conheça ! ... esta fama chegou a um patamar tão alto que mexeu de uma maneira super criativa com a mente do senhor Erlanes Duarte, para quem não sabe de quem se trata é o mesmo ator do filme Muleque Té Doido 1 e 2 onde o mesmo vive aventuras ao lado de Nikima ( Nikima Krakelê ), Sorriso ( Marcos Santos ) e Guida Guevara ( Junior André ), mas isso é um assunto para outra postagem, o fato é que estas lendas marcaram minha infância e sempre volto a ser criança quando eu as reconto para meus sobrinhos e demais crianças pois estas histórias não podem morrer jamais porque são estas coisas que tornam São Luís do Maranhão uma ilha  encanta e cheia de pontos turísticos e locais da hora para fazer uma visitação.

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Nauro Machado, poeta e amigo !

Nascido em São Luís do Maranhão no dia 02 de agosto de 1935 e filho de Torquato Rodrigues Machado e Maria de Lourdes Diniz Machado, foi casado com a também escritora Arlete Nogueira da Cruz.
Poeta autodidata com vasto conhecimento em artes e filosofia. Comparado por alguns críticos a Fernando Pessoa, é original por ser poeta universal entre seus contemporâneos mais imediatos, como Ferreira GullarLago BurnettJosé Chagas e Bandeira Tribuzi. Se Gullar questiona a própria forma poética, Nauro Machado questiona a própria essência e destinação do ser humano, sem deixar de cultivar uma linguagem poética e uma técnica de versos exemplares. Sua obra apresenta traços de reflexão existencial angustiada e violenta que encontra poucas comparações na lírica de língua portuguesa.
Exerceu diversos cargos em órgão públicos entre eles DETRAN e EMATER e também na Secretaria de Cultura do Estado do Maranhão. Nauro Machado sempre viveu em São Luís, ausentando-se apenas por breves períodos, sobretudo para o Rio de Janeiro para publicar boa parte de suas obras. No entanto, grande parte de sua vida Nauro dedicou à sua grande paixão, a poesia. Recebeu diversos prêmios, dentre eles Academia Brasileira de Letras e da União brasileira de Escritores; teve varias de suas obras traduzidas para o alemão, francês e inglês.
Em novembro de 2014 publicou um livro, com o título: Esôfago Terminal, cujas poesias remetem a dor e a superação da sua luta contra o câncer.
Em outubro de 2015 recebeu o título de "Doutor Honoris Causa", concedido pelo Reitor da Universidade Federal do Maranhão,
Em novembro de 2015 lançou seu último livro em vida: O baldio som de Deus. Na ocasião revelou ter cinco livros prontos, ainda não publicados.
O que poucas pessoas sabem sobre este escritor de comportamento tranquilo e sem duvida genial, é que o mesmo antes de se casar era boêmio e gostava muito de apreciar uma boa cachaça com os amigos, era visto no bar do Edilson (pròx. a rua dos afogados} com uma certa frequência e para quem não sabe muitas de suas idéias literais nasceram destes âmbitos o que não tira jamais o mérito deste escritor fora de série pois tal comportamento só prova que as melhores idéias nascem de momentos como este, extremo amante da vida sempre  exaltava a este escritor que vos fala a importância de estudar e de divulgar meus trabalhos como artista plástico e o quanto apreciava minhas obras, era amado por todos por ter um comportamento muito simplória e por isso deixava um sentimento de amizade por passava .
Morreu aos 80 anos em 28 novembro de 2015 por decorrência de uma isquemia no trato digestivo e foi sepultado no cemitério do Gavião, no bairro Madre Deus, em São Luís Maranhão.

Obras

  • Campo sem base (1958)
  • O Exercício do caos (1961)
  • Do frustado órfico (1963)
  • Segunda comunhão (1964)
  • Ouro noturno (1965)
  • Zoologia da alma (1966)
  • Necessidade do divino (1967)
  • Noite ambulatória' (1969)
  • Do eterno indeferido (1971)
  • Décimo divisor comum (1972)
  • Testamento provincial (1973)
  • A Vigésima jaula (1974)
  • Os parreirais de Deus (1975)
  • Os órgãos apocalípticos (1976)
  • A antibiótica nomenclatura do inferno (1977)
  • As órbitas da água (1978)
  • Masmorra didática (1979)
  • Antologia poética, (1958-1979) (1980)
  • O calcanhar do humano (1981)
  • O cavalo de Tróia (1982)
  • O signo das tetas (1984)
  • Aplicerum da clausura : (novos sonetos) (1985)
  • Opus da agonia (1986)
  • O anafilático desespero da esperança (1987)
  • A rosa blindada (1989)
  • Mar abstêmio (1991)
  • Lamparina da aurora (1992)
  • Funil do ser : canções mínimas (1995)
  • A travessia do Ródano (1997)
  • Antologia poética (1998)
  • Túnica de ecos (1999)
  • Jardim de infância (2000)
  • Nau de Urano (2002)
  • O alaúde ambíguo (2002)
  • A rocha e a rosca: poema (2003)
  • Pão maligno com miolo de rosas: poema (2004)
  • Pátria do exílio : terceiro e último canto do poema Trindade Dantesca (2007)
  • Trindade dantesca: (poema) (2008)
  • O Cirurgião de Lázaro (2010)
  • Província : o pó dos pósteros (2012)
  • Percurso de sombras (2013)
  • Esôfago Terminal (2014)
  • O baldio som de Deus (2015)
  • Canções de Roda nos Pés da Noite (2016)
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